Foto do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko tirada pela sonda Rosetta. Fonte: https://solarsystem.nasa.gov/resources/789/comet-from-8-km/?category=small-bodies_comets


1. Cometas

Os cometas são resultado da junção entre vários gases, poeira e rochas que vagam pelo espaço. Sua composição são substâncias voláteis que mudam diretamente do estado sólido para o gasoso. A origem dos cometas se dá no Cinturão de Kuiper, que fica além da órbita de Netuno. Antes de serem atraídos gravitacionalmente pelo Sol, esses corpos são somente uma massa de gelo pelo universo.  A estimativa de vida de um cometa é de 10 milhões de anos. Podemos entender a periodicidade de um cometa através de sua órbita:

Órbita Parabólica: Não periódico. Aproximam-se do Sol e logo voltam para o espaço

Órbita Elíptica: Periódico. A órbita é influenciada pelo Sol, assim é possível determinar sua periodicidade. 

Cometa: Churyumov-Gerasimenko; Sonda: Rosetta (2014). Primeira sonda artificial a pousar em um cometa.
https://solarsystem.nasa.gov/asteroids-comets-and-meteors/comets/67p-churyumov-gerasimenko/in-depth/

1.1. Estrutura de um cometa

Núcleo: É a origem dos eventos. Quanto mais próximo do Sol, o núcleo começa o processo de volatilização de alguns componentes, que quando libertos, se transformam na coma (ou cabeleira).

Coma: Constituída por Hidrogênio, água e Oxigênio, se comporta como uma “nuvem” ao redor do núcleo do cometa. Dessa estrutura, origina-se a cauda.

Cauda: A cauda só existe quando o cometa está próximo do Sol, devido aos ventos solares jogam a cabeleira na direção contrária que o Sol se encontra. Quanto mais perto, maior a cauda.

Órbita do cometa 45P/Honda–Mrkos–Pajdušáková https://gifer.com/en/mpb

1.2. HALLEY

É o cometa mais famoso atualmente e que pode ser visto a olho nu. Apesar de parecer muito luminoso, somente 4% de sua luz é refletida, e acredite ou não, o cometa é preto. Seu nome é uma homenagem ao cientista Edmond Halley, que morreu sem saber se suas observações estavam corretas. Edmond descobriu que a periodicidade do cometa é de aproximadamente 75 anos. Sua última aparição foi em 1986 e a próxima será em 2061.  

Image Credit: Halley Multicolor Camera Team, Giotto Project, ESA
https://solarsystem.nasa.gov/asteroids-comets-and-meteors/comets/1p-halley/in-depth/

2. Asteroides

Os asteroides são corpos de estrutura metálica que orbitam o Sol, assim como os planetas. A diferença entre um cometa e um asteroide são as substâncias voláteis, que não são observadas nos asteroides. São consideradas rochas mais estáveis, diferentemente dos cometas, que contém uma camada de gases em torno do núcleo que evapora quanto mais perto do Sol, criando a calda. 

Sua formação tem duas teorias: a de que eles são restos da formação do Sistema Solar que não se fundiram, e a que diz que são restos de uma colisão entre planetas. 

Os meteoróides são asteróides que estão no curso da Terra, com risco de colisão. Mas para a nossa sorte, sua massa é tão insignificante que é incapaz de produzir alguma mudança na vida terrestre. Diferentemente como ocorreu com os dinossauros, que foram atingidos por um asteroide de tamanho considerável, que levantou uma poeira que durou muitos anos, impedindo a realização de etapas essenciais para a vida desses gigantes.

Quando esses meteoróides entram em contato com a atmosfera, o atrito entre seu corpo e os gases da atmosfera geram uma “cauda”, que leva ao nome desse corpo, popularmente de “estrela cadente”. Em certas épocas do ano, muitos meteoros entram na atmosfera, e nós chamamos esse fenômeno de “chuvas de meteoros”.

Os asteroides podem se transformar em satélites naturais, como foi o caso da lua de de Marte, que foi denominada de Fobos. E dependendo de seu tamanho, estes também pode atrair outros objetos para si. 

2.1. Cinturão de Asteroides

O cinturão de asteroides é o conjunto dos corpos que dão o nome ao cinturão e que se encontram entre a órbita de Marte e Júpiter. De acordo com a força atuante sobre os asteroides, eles podem orbitar outro corpo (agindo como um satélite) ou podem colidir com esse. Muitas luas de Júpiter existem por conta da força gravitacional que esse gigante gasoso exerce sobre o cinturão, e assim, atrai alguns asteroides para si. 

Mas por que os asteroides não colidem todos com Júpiter? Bom, o cinturão existe por conta da força que Júpiter e o Sol exercem sobre esses asteroides, semelhante a um “cabo de guerra” no espaço, o que dificulta essa colisão. 

O maior corpo do cinturão é nomeado Ceres, tem cerca de 950 km de diâmetro, é classificado como um planeta anão, assim como é classificado como um asteroide. A NASA mandou uma sonda em 2007 para estudar mais sobre o planeta anão e o asteroide Vesta, o segundo maior do Sistema Solar.

Na imagem é possível observar o cinturão depois de Júpiter.
https://altamontanha.com/o-que-e-um-planeta/

2.2. Cinturão de Kuiper

Se trata de uma região em formato de anel localizada além da órbita de Netuno. O Cinturão é composto por milhares de corpos gelados, dentre eles, o planeta anão Plutão. Teorias propõem que o Cinturão tenha surgido no início da vida do Sistema Solar, e que os corpos presentes lá não conseguiram se unir para formar objetos maiores devido a gravidade de Netuno.

Ganhou esse nome por possuir um formato circular, e em homenagem ao astrônomo holandês Gerard Peter Kuiper, que teorizou sua existência em 1951. Em oposição a ideia de Oort de que todos os cometas surgiam em uma região muito distante (mais tarde, denominada Nuvem de Oort), Kuiper havia sugerido que cometas surgem também a menor distância. Entretanto, sua teoria só foi comprovada em 1980. 

Atualmente se sabe que cometas de curto período (até 200 anos) se originam no Cinturão de Kuiper, dada órbita superior a 200 anos, pode se considerar seu surgimento na Nuvem de Oort.

2.3. Nuvem de Oort

Nos confins do Sistema Solar, muito além do cinturão de Kuiper, está localizada a Nuvem de Oort. Tão longe, que o Sol é apenas uma estrela um tanto quanto brilhante no meio das outras. Para se ter ideia, a Nuvem de Oort pode ter sua borda interna localizada entre 2.000 e 5.000 UA e a sua borda interna pode estar entre 10.000 e 100.000 UA (1 UA é a distância média entre a Terra e o Sol, 150.000.000 km)

A Nuvem de Oort é uma nuvem esférica gigante, composta por bilhões ou até mesmo trilhões de objetos gelados que orbitam o Sol. Ela ainda não foi observada diretamente, isso se deve a sua distância em relação ao nosso planeta, mas, acredita-se que a nuvem possa ter 2 partes distintas, uma interna, em formato de cinturão e uma externa, em formato esférico, ou seja, os objetos da parte externa, não necessariamente orbitam o Sol em um plano horizontal, mas sim, suas órbitas são inclinadas.

A Nuvem de Oort foi teorizada em 1950 pelo astrônomo Jan Hendrik Oort, ele propôs a existência da nuvem a partir da análise de órbitas de cometas, segundo Jan Oort, a nuvem é um núcleo cometário e os objetos presentes nela, ao sofrerem perturbações se separam da nuvem e dão origem aos cometas, hoje em dia essa teoria é amplamente aceita para explicar o surgimento dos cometas de longo período (cometas com órbita superior a 200 anos) e o porque deles virem de diversas direções.

Representação de como seria a Nuvem de Oort e o seu tamanho.
https://solarsystem.nasa.gov/resources/491/oort-cloud/?category=solar-system_oort-cloud

2.4. Vesta

O asteroide foi recentemente observado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), que conta com 525 km de diâmetro. Uma recente e importante descoberta é a montanha na parte inferior direita do asteroide, que é chamada de bacia de Rheasilvia e tem 22 km de altura, cerca de o dobro da altura da montanha mais alta da Terra, e que ultrapassou a altura do vulcão Monte Olimpo em Marte, ganhando a posição de a maior montanha do Sistema Solar. 

A direita, a imagem formada do asteroide por um algoritmo, e à esquerda, a imagem formada a partir da recente observação. https://www.eso.org/public/images/potw1826a/
O último asteroide apresentado no vídeo (Ceres), não é exatamente um asteroide mas sim, um planeta anão. O fator que difere um planeta anão de um asteroide é a sua massa e o seu formato, os planetas anões tem massa superior a dos asteroides e é justamente a sua massa que o faz ter um formato esférico.